GESTÃO AMBIENTAL E CONTABILIDADE
Dentre as diversas ferramentas utilizadas em um processo
de gestão administrativa, para bem conduzir uma empresa
ao sucesso, mantendo a sua continuidade, está a informação.
Muitos empreendimentos simplesmente fracassam, por se achar
que o fato de se possuir alguma soma em dinheiro, aliado
a um local adequado e muita disposição, é
o suficiente para se abrir e conduzir uma empresa.
O
século 21 iniciou com a tecnologia da informação
já bastante enraizada no mundo inteiro, quebrando
fronteiras e aproximando os povos, no simples toque de um
instrumento chamado mouse; era a internet que havia chegado
para ficar. Infelizmente muitos ainda desconhecem as maravilhas
que a informática pode proporcionar, constituindo-se
em uma importante ferramenta de trabalho, que a Contabilidade
tem aprimorado e inserido no seu dia a dia, procurando interagir
com as empresas de forma mais rápida, sem contudo
lograr êxito na maioria das vezes, pelo simples motivo
de se achar que a informação contábil
não é importante para a tomada de decisões.
Entretanto, nos dias atuais, mais do que informação
contábil tradicional, já existe uma demanda
pela informação ambiental, numa forma de pressionar
as empresas que têm vinculação com o
meio ambiente a adequarem seus métodos de interação
com a natureza.
Essas
pressões surgiram inicialmente nos paises desenvolvidos,
onde as instituições financeiras passaram
a exigir informações ambientais com vistas
à liberação de novos empréstimos.
Na mesma linha de entendimento, as seguradoras começaram
a solicitar laudos técnicos sobre os equipamentos
utilizados na proteção e/ou recuperação
ambiental, que atestassem a capacidade técnica dos
mesmos e se atendiam aos fins propostos, numa forma de evitar
o pagamento de indenizações milionárias.
A legislação passou a ser mais exigente nessas
questões, estabelecendo severas punições.
Por fim os consumidores, imersos numa consciência
verde ao redor do mundo, passaram também a avaliar
a qualidade dos produtos, procurando saber se eram ecologicamente
corretos. Todos esses fatores deram surgimento aos Sistemas
de Gestão Ambiental – SGA, processo que visa
adequar a atividade empresarial com as questões ambientais,
visando o desenvolvimento sustentável da economia,
tendo por preocupação o futuro da natureza,
e, conseqüentemente, de toda atividade empresarial
a ela ligada.
O
Brasil, que não está na contra-mão
desse processo, já inaugurou essa realidade, passando
a seguir os mesmos caminhos trilhados pelas empresas do
1o. mundo, onde já se verifica a exigência
de informações ambientais de alguns bancos
acerca do tema, bem como a legislação, que
dia após dia, vem criando novas situações
que exigem uma postura diferente na temática ambiental
. A consciência verde dos brasileiros, pouco a pouco
vai se formando, demonstrando que a história se repete,
e que muito em breve, um grande número de empresas
terá que se adequar a um SGA. Vale frisar, que existem
muitos recursos financeiros disponíveis para serem
aplicados em projetos ecologicamente corretos, que no entanto,
só estarão ao alcance desses empresários
caso disponham de informações acerca de seus
negócios, o que passa a ser a mais importante ferramenta
de gestão, já agora com um novo enfoque, o
ambiental.
A
Contabilidade, incansável em sua luta de demonstração
dos números de um empreendimento, passa a ter um
novo objetivo, eminentemente gerencial, inserido dentro
de uma modalidade de relatório chamado de Balanço
Social, onde vai evidenciar todos os aspectos quantitativos
e qualitativos da temática ambiental, desenvolvendo
nas empresas a responsabilidade social, o que certamente
irá gerar dividendos institucionais para o empreendimento,
solidificando a marca e elevando o valor de seus produtos,
além da conquista de novos mercados e novos consumidores.
Por isso, desde já, a busca por essa nova realidade
deve ser iniciada, deixando com que a gestão ambiental
faça parte da administração global
da empresa, que tem que estar alicerçada nas informações
gerenciais do negócio, mudando de uma vez por todas
a visão empresarial de hoje: turva e sem horizontes...
BALANÇO
Ratificando
a informação de que o Setor de Serviços
também é gerador de empregos, ele foi o que
mais gerou vagas em São Paulo no mês passado,
foram mais de 73 mil. Infelizmente uma grande parte de forma
informal, devido à pesada carga tributária.
Uma vez mais se defende a inclusão dessas empresas
no SIMPLES. Certamente a arrecadação iria
crescer e o desemprego diminuir. *** Acontece até
o dia 31 de agosto, as inscrições para o Prêmio
Qualidade Empresarial, promovido pelo SEBRAE. O prêmio
é um reconhecimento para as micro e pequenas empresas
cuja atuação sirva de referência no
esforço de mobilização para a melhoria
da competitividade no segmento. Maiores informações
no endereço www.premiocompetitividade2004.com.br.
Marcelo Menezes de Faria, Contador – CRC/Pa 6337
mmfaria@dynamicconsulting.com.br